sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Dos Cruces

Sentada numa cadeira que não balança
Minhas mãos tecem cruzes


Que formam a mesma flor
repetidas vezes, flores e cruzes

O olhar cansado e obstinado
Em busca do tom e das lembranças

Minha velhice descoberta
Antes mesmo que eu use as lentes

Engrandecendo as minúsculas cruzes
O cravo do esquecimento no meu colo

Embalo as flores e as cruzes
Na cantiga antiga da mulher de agora

A linha na vida
A vida na flor
A flor em cruz.






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Um albatroz disse