segunda-feira, 4 de abril de 2011


...



"Is there a time for keeping your distance
A time to turn your eyes away
Is there a time for keeping your head down
For getting ..."


(pause)

domingo, 3 de abril de 2011

Mais da mesma.


Construo o rosto feito um mosaico.
Fragmentos e peças encaixados
 nos vincos e expressões.
Adapto orelhas, moldo dentes.
Desenho o possível. 
Salivo o indelével.
Na demora da imagem, 
permanece o que falta.
Registro o inexplicável 
no canto dos olhos.
Ainda me reconheço
 nos traços que não revelei.
Meu desenho é talhado no invisível.
Pra quem quiser sentir feito o vento
e se molhar na tempestade.

sábado, 2 de abril de 2011

Orquídea Negra


Atenção artilheiro...

Três salvas de tiros de canhão
Em honra aos mortos da Ilha da Ilusão
Durante a última revolução do coração e da paixão
Apontar a estibordo… Fogo!
Você é a orquídea negra
Que brotou da máquina selvagem
E o anjo do impossível
Plantou como nova paisagem
Você é a dor do dia a dia
Você é a dor da noite à noite
Você é a flor da agonia
A chibata, o chicote e o açoite
Lá fora ecoa a ventania
E os ventos arrastam vendavais
Do que foi, do que seria
Do que nunca volta jamais
Parece até a própria tragédia grega
Da mais profunda melancolia
Parece a bandeira negra
Da loucura e da pirataria
Atenção, artilheiro
Três salvas de tiros de canhão
Em honra aos mortos da Ilha da Ilusão
Durante a última revolução do coração e da paixão
Apontar a estibordo… Fogo!





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